segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Brasil : da Regência ao Segundo Reinado - O fim do período regencial

Os velhos e os novos partidos



            As reformas de 1834 alteraram o quadro político do inicio da regência. A morte de D. Pedro I causou a dissolução do grupo dos restauradores. O Ato Adicional, por sua vez, dividiu os liberais moderados entre os que apoiavam e os que criticavam as medidas. A desestruturação dos velhos partidos abriu espaço para a formação de dois novos agrupamentos políticos: Regressista e Progressista.

Da Regência Trina à Regência Uma

            O Ato Adicional de 1834 criou a Regência Uma. No ano seguinte, realizaram-se eleições para regente uno (ou único), sendo eleito o padre Diogo Antônio Feijó, representante dos progressistas.
            Como regente, Feijó não conseguiu ser tão hábil como fora quando ministro. Fez inimigos em todos os grupos e se indispôs com os membros de uma agremiação.
 
O golpe da maioridade

            Com a queda de Feijó, assumiu a regência o político e senhor de engenho pernambucano Araújo Lima, apoiado pelos regressistas. Na regência de Araújo Lima, os conservadores dominavam o poder. Os liberais, insatisfeitos, encontraram a solução para afastá-los. Assim, em julho de 1840, Pedro de Alcântara, aos 14 anos de idade, assumiu o trono. Começava no Brasil o Segundo Reinado.
                                           
As rebeliões regenciais

            O nível de pobreza da maior parte dos brasileiros explicam as numerosas revoltas que eclodiram no Brasil durante as regências, tanto no campo como nas cidades.
            Dentre elas, teve a Revolta dos Malês e a Balaiada.

A Revolta dos Malês

            Na noite de 25 de janeiro, cerca de 600 negros escravos e alforriados se levantaram como propósito de libertar escravos, matar brancos e mulatos considerados traidores e pôr fim à escravidão africana. Embora tenha havido uma conspiração anterior, inclusive com a compra de armas e de escritos em árabe com planos de ataque, os revoltosos foram delatados antes da eclosão de movimentos.
 
A Balaiada

            A revolta conhecida como Balaiada ocorreu nas províncias do Maranhão e do Piauí, entre 1838 e 1841. Não é possível considerá-la um movimento uniforme, organizado em torno de um objetivo comum. O levante expressou os diferentes interesses e grupos sociais que conviviam nas duas províncias.
            Uma aliança entre balaios e bem-te-vis levou à tomada de Caxias, a segunda mais importante cidade maranhense da época. A repressão se abateu principalmente sobre os escravos, os libertos e os balaios. Os bem-te-vis e os lideres balaios que colaboravam com o governo foram anistiados.

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