segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Brasil : da Regência ao Segundo Reinado - A abolição do tráfico negreiro

- A importância da mão-de-obra escrava

            Estima-se que,entre os séculos XVI e XIX,mais de cinco milhões de africanos tenham trazidos para o Brasil para trabalhar como escravos.A maior entrada ocorreu na primeira metade o período de expansão da lavoura cafeeira no Sudeste do país.
            A lavoura cafeeira,baseada no trabalho escravo,começou a sentir os efeitos da falta de mão-de-obra a partir de meados do século XIX.Isso ocorreu devido à proibição do tráfico negreiro e ao crescimento da campanha abolicionista

- As pressões inglesas pelo fim do tráfico

            Até o século XVII,a Inglaterra obteve imensos lucros com o comércio internacional de escravos.A situação mudou depois de 1807,quando o Parlamento britânico aboliu o tráfico de escravos para as colônias inglesas.Em 1833 , a escravidão foi abolida em todos os domínios britânicos. De país escravista,a Inglaterra se transformou no maior oponente do tráfico internacional de escravos.A política inglesa de combate ao escravismo tem três explicações principais.
  • A revolução Industrial inglesa resultou no aumento extraordinário da produção de mercadorias. Com o fim do tráfico nas colônias,os proprietários poderiam investir na obtenção de produtos ingleses que antes eram aplicados na compra de escravos.
  • Nos domínios britânicos no sul da áfrica ,a venda de negros para os traficantes afetava as atividades econômicas locais,que ficavam carentes de mão-de-obra.
  • Nas Antilhas britânicas, o fim do tráfico obrigou os proprietários a empregar assalariados nos engenhos de açúcar.A conseqüência foi que o açúcar antilhano tornou-se mais caro que o brasileiro,que continuou sendo produzido por escravos.

- A lei Eusébio de Queiroz

 Em 1831,aprovou-se ema medida para validar um tratado entre Brasil e Inglaterra pelo fim do tráfico negreiro.
      A reação do governo inglês foi reforçar a vigilância nos oceanos e aprender os navios suspeitos de transportar negros.
 A queda de braço com a Inglaterra não duraria muito tempo.Em 1850 foi aprovada a lei Eusébio de Queiroz ,que proibia difinitivamente o tráfico de escravos para o Brasil.Dessa vez a lei saiu do papel,e a entrada de africanos escravizados no país diminuiu rapidamente,até desaparecer na década de 1860.

- O fim do tráfico e seus efeitos

       Com sua proibição ,os capitais antes e aplicados na compra de escravos foram deslocados para capitais antes aplicados na compra de escravos foram deslocados para outras atividades.Ocorreu assim um incremento das indústrias,das ferrovias,dos telégrafos e da navegação. Junto com o café,o fim do tráfico proporcionou o início da modernização do Brasil.
  

Brasil : da Regência ao Segundo Reinado - A expansão cafeeira no Brasil

- O Cafeeiro chegou ao Brasil

            Ele teve origem na África,onde era consumido em forma de pasta.De lá ,foi levado para a Arábia e a Europa.Chegou às Antilhas ,na América ,no início do século XVIII.
 O café foi introduzido no Brasil em 1727,trazido da Guiana Francesa.Inicialmente, a planta era cultivada para consumo doméstico e não tinha ainda valor comercial. Apenas no final do século XVIII   ,com a ampliação do consumo,a produção para o mercado começou a se expandir.
 No começo do Segundo Reinado,em 1840,o café já era o principal produto da economia brasileira,representando cerca de 40% das exportações do país e mais da metade da produção mundial.

- Do Vale do Paraíba ao Oeste Paulista

            A primeira fase de produção para um amplo mercado teve como centro do Vale do Paraíba,ocupando parte do Rio de Janeiro,São Paulo,Espírito Santo e Minas Gerais.
            Por volta de 1860,a cultura cafeeira do Vale do Paraíba deve sinais de decadência .O desmatamento,o uso do solo e a ausência de técnicas para evitar a erosão causaram o enfraquecimento das plantas e a queda da produção.
             A expansão cafeeira em São Paulo permitiu que a província se transformasse na área mais rica e dinâmica do país.

- A organização do cultivo

A primeira fase de expansão da lavoura de café,no Vale do Paraíba, caracterizou-se pelo baixo investimento em tecnologia e pelo aproveitamento de recursos que já existiam ou era pouco utilizados,como a oferta de terras.
            Na segunda fase de expansão do cultivo,no Oeste Paulista,a mão-de-obra inicial foi também a do negro escravizado.No entanto,a partir da metade do século XIX,a dificuldade de obtenção de mão-de-obra escrava,levou os cafeicultores a contratar trabalhadores imigrantes para trabalhar nos cafezais.

- Mudanças favorecidas pelo café

            A riqueza produzida pelo café atraiu investidores externos, fazendeiros e comerciantes nacionais com outra mentalidade e trouxe um notável progresso para o Sudeste.Surgia assim uma nova elite social,os barões do café.
            Em São Paulo,a primeira ferrovia foi a São Paulo Railway Company ,construída com capitais ingleses.Ligava a cidade de Jundiaí,no interior do estado,ao porto de Santos e entrou em serviço em 1867.Depois dela,outras estradas de ferro foram construídas em São Paulo  ,organizadas com recursos dos próprios cafeicultores,como a Paulista,a Mogiana e a Sorocabana. 

Brasil : da Regência ao Segundo Reinado - O Segundo Reinado

Detendo o “carro da revolução”

Com o golpe da maioridade, as classes dominantes procuravam deter o “carro da revolução”. Por essa razão, as medidas regressistas do período final da Regência avançaram depois de 1840. O objetivo era fortalecer novamente o poder central, retirando as poucas liberdades concebidas às províncias.

Liberais e conservadores no poder

            Apenas grandes proprietários de terras, comerciantes, altos funcionários do governo e as camadas médias do campo e das cidades tinham a renda exigida pela Constituição e podiam exercer a cidadania. Esses setores atuavam em dois grandes partidos: o Liberal e o Conservador, fundados no final da Regência.

A Guerra do Paraguai

            Em novembro de 1864, o Paraguai, aliado do governo uruguaio, apreendeu o navio brasileiro Marquês de Olinda. No mês seguinte, Solano López, presidente paraguaio, ordenou a invasão de Mato Grosso. Em seguida pediu permissão ao governo argentino para atravessar o território e entrar no Uruguai. Diante da recusa, o governo paraguaio declarou guerra à Argentina.

Conseqüência do conflito

            Para o Paraguai, o conflito foi uma catástrofe. Antes da guerra, o país passava por um processo de modernização. Quando o conflito acabou, Paraguai teve boa parte de suas terras anexadas pelos vencedores, além de arcar com uma pesada divida de guerra. Sua população foi reduzida a um quinto e ficou com uma maioria de mulheres, idosos, inválidos e crianças.


Brasil : da Regência ao Segundo Reinado - O fim do período regencial

Os velhos e os novos partidos



            As reformas de 1834 alteraram o quadro político do inicio da regência. A morte de D. Pedro I causou a dissolução do grupo dos restauradores. O Ato Adicional, por sua vez, dividiu os liberais moderados entre os que apoiavam e os que criticavam as medidas. A desestruturação dos velhos partidos abriu espaço para a formação de dois novos agrupamentos políticos: Regressista e Progressista.

Da Regência Trina à Regência Uma

            O Ato Adicional de 1834 criou a Regência Uma. No ano seguinte, realizaram-se eleições para regente uno (ou único), sendo eleito o padre Diogo Antônio Feijó, representante dos progressistas.
            Como regente, Feijó não conseguiu ser tão hábil como fora quando ministro. Fez inimigos em todos os grupos e se indispôs com os membros de uma agremiação.
 
O golpe da maioridade

            Com a queda de Feijó, assumiu a regência o político e senhor de engenho pernambucano Araújo Lima, apoiado pelos regressistas. Na regência de Araújo Lima, os conservadores dominavam o poder. Os liberais, insatisfeitos, encontraram a solução para afastá-los. Assim, em julho de 1840, Pedro de Alcântara, aos 14 anos de idade, assumiu o trono. Começava no Brasil o Segundo Reinado.
                                           
As rebeliões regenciais

            O nível de pobreza da maior parte dos brasileiros explicam as numerosas revoltas que eclodiram no Brasil durante as regências, tanto no campo como nas cidades.
            Dentre elas, teve a Revolta dos Malês e a Balaiada.

A Revolta dos Malês

            Na noite de 25 de janeiro, cerca de 600 negros escravos e alforriados se levantaram como propósito de libertar escravos, matar brancos e mulatos considerados traidores e pôr fim à escravidão africana. Embora tenha havido uma conspiração anterior, inclusive com a compra de armas e de escritos em árabe com planos de ataque, os revoltosos foram delatados antes da eclosão de movimentos.
 
A Balaiada

            A revolta conhecida como Balaiada ocorreu nas províncias do Maranhão e do Piauí, entre 1838 e 1841. Não é possível considerá-la um movimento uniforme, organizado em torno de um objetivo comum. O levante expressou os diferentes interesses e grupos sociais que conviviam nas duas províncias.
            Uma aliança entre balaios e bem-te-vis levou à tomada de Caxias, a segunda mais importante cidade maranhense da época. A repressão se abateu principalmente sobre os escravos, os libertos e os balaios. Os bem-te-vis e os lideres balaios que colaboravam com o governo foram anistiados.

Brasil : da Regência ao Segundo Reinado - O período regencial ( 1831-1840)

As heranças de D. Pedro I

            A abdicação ao trono e a volta de D. Pedro I para Portugal, onde assumiu a Coroa como D. Pedro IV, agradaram às elites brasileiras.Sim, porque essas elites não eram homogêneas, e seus membros tinham interesses regionais em relação à vida política no Brasil. Em outras ocasiões não distantes dessa, elas estiveram em disputas que resultaram até em conflitos militares. O país não estava politicamente unificado.
            A economia brasileira nessa época passava por uma profunda crise, depois de um período de diversificação agrícola e aumento dos itens de exportação. Os preços do açúcar, algodão e cacau caíram significativamente no mercado internacional. O café começava a ser plantado no Sudeste, principalmente no Vale do Paraíba, entre o Rio de Janeiro e São Paulo.
            Essa situação foi agravada pelos gastos que o governo teve para reprimir as rebeliões depois da independência.

A Regência Trina Provisória

            Um sério problema político era a sucessão ao trono. O príncipe herdeiro tinha apenas cinco anos de idade. A situação do impedimento foi resolvida com a atribuição do governo a uma regência eleita pela Assembléia Geral.
            Inicialmente estabeleceu-se a Regência Trina Provisória. Para ocupar o governo, em caráter temporário, foram escolhidos três senadores. Essa regência governou o país por pouco mais de dois meses. Findo esse período, realizaram-se eleições para a escolha de uma regência permanente.

A Regência Trina Permanente

            Deputados e senadores reuniram-se em Assembléia Geral e elegeram a Regência Trina Permanente para um mandato de quatro anos. Esta era formada pelo brigadeiro Francisco de Lima e Silva e pelos deputados João Bráulio Muniz, representante das províncias do Norte do Brasil, e José da Costa Carvalho, representante das províncias do Sul. Os regentes, porém, não tinham as atribuições do Poder Moderador: não podiam, por exemplo, dissolver a Câmara dos Deputados nem negociar acordos internacionais.

Os partidos políticos durante a Regência

            Os grupos em que se dividiam as elites no poder divergiam quanto ao projeto político e econômico que o Brasil deveria seguir.Podemos agrupá-las em três grandes partidos: Os restauradores, Os liberais exaltados e os liberais moderador.
A criação da Guarda Nacional

            A figura mais destacada no inicio da regência foi o ministro da Justiça padre Diogo Antônio Feijó, que comandava as forças policiais. Nesse período, o Exercito estava muito desgastado devido à lentidão em conter as inúmeras revoltas que abalavam o Império. O regente aproveitou a ocasião para criar a Guarda Nacional.
            A Guarda Nacional era uma força paramilitar subordinada ao Ministério da Justiça. Dela só podiam participar brasileiros com idade entre 21 e 60 anos e que cumprisse as exigências eleitorais da Constituição de 1824.
        A tarefa da Guarda Nacional era combater as revoltas, os quilombolas e todo movimento visto como “ameaça à nação”.

As reformas regenciais

            As pressões dos exaltados levaram os regentes a tomar medidas para acalmar os ânimos nas províncias, onde se exigia maior autonomia em relação ao governo central. Duas reformas foram atendidas pela regência: O Código de Processo Criminal e O Ato Adicional.

Revoluções agitam a Europa - Novas formas de ver o mundo

O processo de secularização

            No contexto das revoluções dos séculos XVIII e XIX, que permitiram às burguesias tomar o poder, teve início também uma grande secularização: as igrejas começaram a perder influência na sociedade. Isso se deveu a três tipos de fatores: econômicos, políticos e culturais.
            Do ponto de vista econômico, é necessário destacar o processo de urbanização; a legislação, fator político, produzida pela Revolução Francesa; o desenvolvimento de uma mentalidade científica foi o principal fator cultural de secularização.

 A revolução técnica e científica

            A industrialização acelerada da Europa, junto com o enorme avanço da ciência, da técnica e da tecnologia, provocou uma profunda mudança na mentalidade científica e cultural do século XIX.
            O principal responsável por essa mudança foi o biólogo inglês Charles Darwin, com o livro A origem das espécies, publicado em 1859 . Essa obra pôs de cabeça para baixo o mundo científico e religioso da época. Nela, Darwin apresentou a sua teoria da evolução, na qual afirmou que o meio ambiente tem influência fundamental sobre o ser humano.
            A partir dessa teoria, Darwin concluiu que nós seres humanos somos o resultado de uma seleção natural. Concluiu também que nós e as espécies que têm um parentesco evoluiu conosco – os chimpanzés, os orangotangos e os gorilas – somos o resultado da evolução de um ancestral comum.
            As idéias de Darwin estabeleceram entre os cientistas a crença na evolução contínua da humanidade, em que cada conquista científica seria um passo em direção ao progresso, sempre de caráter positivo. Mas não foi apenas a mentalidade científica daquela época que manifestou essa crença no progresso. Muitos escritores, artistas e intelectuais acreditavam, no século XIX, que o presente era melhor que o passado e o futuro seria melhor que o presente.

                                                  
A sensibilidade romântica

            Nas primeiras décadas do século XIX, o Romantismo surgiu como uma nova forma de comportamento, de pensamento político e social e de criação artística e literária.
            Destacamos três características fundamentais do romantismo: A rebeldia dos românticos se manifestou em oposição ao racionalismo iluminista e ao modelo clássico de beleza;  A nova atitude diante da natureza; A nova visão de mundo e do ser humano.

                                                               
Técnica ou poética?

            Na segunda metade do século XIX, o Realismo foi o estilo predominante, tanto na literatura quanto na pintura. Os artistas realistas demonstravam uma grande confiança na capacidade humana de conhecer e expressar a realidade.
            Os artistas realistas se diferenciavam dos românticos principalmente na valorização da observação como a qualidade mais importante de um artista. Numa clara expressão da racionalidade científica, os realistas buscavam a objetividade para conseguir expressar ums visão fria e distanciada das coisas.
            Ao contrário dos românticos, os artistas realistas se dedicavam a temas de sua própria época e da realidade cotidiana.

                                                       

Revoluções agitam a Europa - Propostas de transformação social

A necessidade de mudança

As mudanças sociais e políticas trazidas pelo liberalismo também trouxeram mais debate político e respeito ás leis. Entretanto, alguns filósofos e outros pensadores consideravam essas mudanças insuficientes, porque não conduziram a uma ordem social igualitária.
Na primeira metade do século XIX, três grandes pensadores se destacaram por suas propostas de superação dos problemas sociais: Saint-Simon, Charles Fourier e Robert Owen.

             

Socialistas utópicos

Friedrich Engels, intelectual alemão do século XIX, classificou esses pensadores como socialistas utópicos.
Segundo Engels, a transformação social proposta por Simon, Fourier, Owen era uma verdadeira utopia, porque só seria alcançada por meio de uma obra voluntária, feita pelas elites, que concordariam em perder boa parte de suas propriedades, privilégios e fortunas, em troca do bem-estar comum. E, segundo Engels, isso nunca ocorreria.

 

O marxismo

            O marxismo é a mais importante das teorias socialistas tanto por sua coerência teórica quanto por suas repercussões práticas. Deve seu nome a Karl Marx (1818–1883), que contou com a colaboração intelectual e a ajuda material de Friedrich Engels (1820–1895).
            A teoria marxista afirma a existência de uma permanente luta de classes na sociedade. Para Marx, é essa luta que move a história, fazendo-a avançar. Marx e Engels consideravam, entretanto, que só se atingiria o comunismo se a revolução ocorresse em escala mundial, devido ao caráter internacional do capitalismo.
 

O anarquismo

            Além dos socialistas utópicos e dos marxistas, outra proposta de mudança social surgiu no século XIX: o anarquismo. De natureza complexa, as idéias anarquistas recusam toda e qualquer forma de organização estatal que seja imposta às pessoas.
            Para os anarquistas, o Estado é a origem de todos os males, porque exerce controle sobre os indivíduos e os impede de seres livres. Alguns dos principais pensadores anarquistas foram o francês Pierre-Joseph Proudhon, o russo Mikhail Bakhunin e o italiano Enrico Malatesta. 

          

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

apresentando ..

             Oi ,
O blog é dedicado ao nosso trabalho do 4º bimestre de história , somos do cef 11 ,alunos do professor Valmir . Harabenês é uma combinação das vogais dos componentes do grupo com algumas letras a mais (: . Harabenês é composto pelos alunos da 7ª C : Anne Cristine , Brenda Natiele , Kathleen Kessia , Rafaela e Nickollas . 


Proximo post :     Revoluçoes agitam a Europa - Propostas de transformação social .